"A arte pela arte" é o postulado da escola parnasiana. Tal postulado foi usado pela primeira vez no "Journal" de Benjamim Constant de Rebeque, pensador e político francês do século XIX, e sintetiza a doutrina artística que, segundo Nietzche, no seu "Crepuscule, 192" quer dizer: 'que a moral vá para o diabo'.
É esta a doutrina corrente em nossos dias, que ensina ser a arte neutra, sem nenhum compromisso, finalidade ou objetivo, justificando-se apenas pela beleza externa, pela proporção, não se importando em ser moral, e mesmo rejeitando a moral de maneira positiva, Tal conceito de arte é doloso e sofismático, pois a arte na sua essência tem por finalidade primeira a manifestação do belo e o seu alcance pelo homem. Ora, o belo, no dizer de Santo Tomás de Aquino, é o bem claramente conhecido, apetecido pela vontade, e por isso mesmo moralizador e aperfeiçoador do homem. O objetivo, pois, real, final e principal da Arte é fazer o homem melhor, moralmente melhor, aperfeiçoado na sua vontade e disposto ao Bem Último, Deus.
Rejeitemos, portanto, o mote modernista e imoral da arte pela arte, que no dizer de Nietzche, ainda em sua obra "Crepuscule","é a serpente que morde o próprio rabo".
Paulo Barbosa.
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