segunda-feira, 22 de novembro de 2010

SISTEMA IDEALISTA: NEGAÇÃO DO CONHECIMENTO DA REALIDADE

IDEALISMO é  o sistema filosófico que ensina ser a inteligência humana impotente para atingir a realidade objetiva, extramental. O conhecimento intelectual termina, então, nas ideias, e não na realidade, e não nas coisas, e a ideia universal a que se chega possui objetividade fabricada pelo próprio espírito humano, ou seja, possui objetividade conceitual,  não real. O idealista, lembre-se de Kant, diz que a inteligência pensa, mas não conhece.
Há duas espécies de idealismo, a saber:
1. Exagerado - onde as ideias ou conceitos universais são tidos por meros nomes, por simples flatus vocis, sopro de voz, donde ser denominado de nominalismo.
2. Moderado - onde as ideias ou conceitos não são meros nomes, como no precedente, mas também não correspondem a nada na realidade, isto é, o universal só possui valor conceitual, só existe enquanto ideia, conceito, sem a nada referir na realidade, e daí ser chamado este tipo de idealismo de conceitualismo.
Os principais representantes do idealismo em geral são:
a) Entre os antigos:
Heráclito (475 a.C), e seu discípulo Crátilo;
Antístenes (369 a.C);
Os céticos e os sofistas em geral.

b) Entre os medievais:
João Roscelino (1050-1124) - "Qui primum nostris temporibus sententiam vocum instituit", "O que primeiro nos nossos tempos ensinou a doutrina das vozes", disse dele Otho de Fresing, seu contemporâneo;
Guilherme de Occam (1295-1349);
João Buridano;
Gabriel Biel;
Pedro de Aliaco.

c) Entre os modernos:
Hobbes (1588-1679);
Locke (1692-1704);
Hume (1711-1776);
Condillac (1715-1780);
Berkeley (1683-1753);
Kant (1724-1804) e os kantistas;
Stuart Mill (1806-1873);
Spencer (1820-1903);
Wundt (1831-1921).

Paulo Barbosa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Na Filosofia chama-se idealista é toda doutrina que toma o espiritual(a mente, a consciência) como realidade essencial ou mesmo como única realidade.Deixando assim a matéria, o mundo objetivo e inconsciente, em uma posição secundária ou mesmo inexistente.