LITERATURA LATINA (XLIX): ÉPOCA DE AUGUSTO - GRAMÁTICOS

Dentre os gramáticos da Época Augustana, destacaram-se os seguintes:

CAIO JÚLIO HIGINO

HIGINO, (64 a.C.-17 d.C.), célebre escritor da Roma Antiga, foi aluno de Alexandre, o Polímata e amigo do poeta Ovídio. Segundo alguns, era natural de Valência, cidade espanhola. Autor de um comentário sobre Virgílio e de muitas outras obras, nos restando dele, entretanto, apenas um livro de FÁBULAS, onde se encontra 277 relatos de mitologia grega e quatro livros de ASTRONOMIA POÉTICA, onde se contam lendas relativas às constelações. 

Era conhecido como 'o liberto de Augusto', por ter sido escravo no passado e por seu talento ter conseguido galgar altos postos e o respeito dos eruditos da época, chegando a diretor da biblioteca do Templo de Apolo. Suas obras tiveram admiradores até o século XVI.

ESTILO

Os tratados de Higino foram escritos num estilo bárbaro, de maneira que se julgou pertencerem ao século IV d.C.

MARCO VERRIO FLACO

FLACO, famoso gramático latino, escravo liberto e constituído mestre de Caio e Lúcio Agripa, netos do Imperador Augusto. Esta função de mestre palaciano lhe rendeu um ordenado de 100.000 sestércios mensais, segundo historiadores.

Flaco escreveu muito, destacando-se dentre suas obras um dicionário enciclopédico chamado DO SIGNIFICADO DAS PALAVRAS, lamentavelmente perdido, restando-nos apenas fragmentos preciosos e uma GRAMÁTICA que nos chegou também fragmentos da Parte II. 

Um desconhecido Pablo Diácono, escritor do tempo de Carlos Magno, deixou-nos um resumo deficiente do seu dicionário.

Paulo Barbosa.