quarta-feira, 27 de julho de 2011

AS REPRESENTAÇÕES MENTAIS OU IMAGENS NO EMPIRISMO

No EMPIRISMO as representações mentais todas são provenientes do mundo sensível. Tudo era real no começo e o imaginário não passa de uma fabricação com fragmentos do real, com os resíduos das percepções que temos. O homem, ao fechar os olhos, pode se representar, pode representar a mesa que o rodeia, etc. Estas representações ou imagens são apenas reproduções enfraquecidas, mitigadas das sensações quando estão ausentes dos objetos.

Uma imagem para o empirista não é senão um reflexo da percepção ou mesmo uma percepção debilitada, havendo entre ambas apenas uma diferença de intensidade. Como distinguir, então, uma imagem viva de uma percepção enfraquecida? Respondem os empiristas que de fato são confundidas com muita frequência. No sonho, o homem toma suas imagens como realidades e o mesmo acontece com os doente mentais. Mas no estado normal, consegue distinguir bem a percepção e a imagem. Taine afirmava que era necessário um raciocínio para saber se uma representação mental era uma imagem ou uma percepção, como por exemplo, se a chuva que ouço caindo lá fora é uma imagem ou uma percepção. Somente mediante uma verificação - indo à janela, olhando se a rua está molhada - pode a imagem que possuo se converter em percepção.
Paulo Barbosa.

Nenhum comentário: