Martin Heiddeger (1899-1976), pensador alemão, acreditado como filósofo em muitos ambientes, elogiado por muitos, mesmo tendo sido adepto convicto do hitlerismo, apelava para a 'angústia' com a finalidade de descobrir o Nada. Num confronto radical com a realidade, com o bom senso, este senhor germânico elegeu um sentimento, a angústia, para desempenhar o papel que somente cabe à razão especulativa. Esta, por sua vez, deve ser destruída, anulada, não para ceder lugar à fé, mas para permitir que algo estranho e alheio à ela desempenhe seu papel.
No fundo, o que Heiddeger começou - o desprezo pela razão, a sua quarentena -, tornou-se a característica ou um dos sinais principais da modernidade, dos nossos dias, visíveis até mesmo nos centros acadêmicos, nas universidades.
Ao se esbarrar com problemas ou questões capitais para a vida humana, a razão deve se calar e o homem ficar sem resposta, segundo o heiddegerismo. O bom senso exclama: Loucura! Mas o nazista alemão pergunta: "se a loucura não deve terminar nunca por ter razão contra a razão"? E eis nossa sociedade repleta de loucos e desvairados, repleta de exigências de cidadania para a loucura. Parece que venceu o germânico, mas em detrimento do homem orgânico e da sociedade por este constituída.
Poderia a angústia, o desespero, bastar para se construir todo um sistema filosófico? O desespero, que outra coisa não é do que a falência da razão que repugna Deus e a sua Igreja Católica, é o cerne e a matéria desta nova filosofia, filosofia que há de ser tida por verdadeira, baseada por um lado num materialismo e ateísmo declarados e por outro na propalada autonomia total do homem moderno e na pretensão de 'mudar o homem', este homem que fora desvirtuado pelo capitalismo e pelo cristianismo católico e que, por isso, deve ser reintegrado na posse de sua faculdade primordial, a liberdade, e na sua soberana natureza.
Pobre homem moderno!
Pobre homem moderno!
Paulo Barbosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário