segunda-feira, 5 de setembro de 2011

BACON, HOBBES E LOCKE

FRANCIS BACON (1561-1626) é considerado o pai do empirismo inglês. Na verdade, se nos atermos à História, vemos que o espírito positivista implantou-se já na Inglaterra desde o século XIII, em plena Idade Média, com Roberto Grosseteste e Rogério Bacon. 

Francis Bacon, com toda razão, denunciou os malefícios das construções puramente racionais implantadas pelo cartesianismo, preconizando o emprego de método experimental, que descreveu minunciosamente. Com efeito, Bacon contribuiu muito para a organização sistemática de experiências cuidadosamente preparadas para o estudo da natureza, no mundo científico.

O empirismo, como escola filosófica, atravessou fases sucessivas e levou muito tempo para se exprimir em toda a sua pureza. O neoplatonismo o atacou, tendo, portanto, que defender, assim como foi atacado pelas teorias cartesianas e de Malebranche.

Outros que seguiram os passos de Bacon foram:

Tomás Hobbes (1588-1679), nominalista contumaz, interpretou a natureza de maneira mecanicista, e sua psicologia é materialista. Ficou célebre pela sua famosa teoria acerca da origem do Estado, que seria criado ou fundado com base num contrato coletivo, baseado no egoísmo e apoiado na força da maioria.

John Locke (1632), também nominalista, apelou para o empirismo a fim de descrever os conteúdos e as operações do espírito, de apreciar a certeza dos nossos conhecimentos e os fundamentos das opiniões que vemos reinar entre os homens. Não existe ideias inatas, conforme Descartes propusera, mas somente dados da experiência externa, as sensações, e interna, a reflexão ou representação das operações do espírito, como perceber, crer duvidar, etc. As ideias decorrem destas duas fontes experimentais.

Paulo Barbosa.



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