AUGUSTO COMTE (1798-1857) é considerado o 'pai do positivismo francês'. Persuadira que devia preparar a instauração de uma nova ordem social e que, para isso, era necessário, previamente, operar uma profunda reforma intelectual na humanidade. Acreditava que o espírito humano passa sucessivamente por três estágios, que se manifestam na história de cada ciência, como na vida de cada homem: o estágio teológico, onde os fatos são explicados por meio de agentes sobrenaturais, Deus, os anjos, milagres, etc.; o estágio metafísico, que recorre à investigação e perscrutação de ideias abstratas, não passando de mero verbalismo; o estado positivo, que se atém estritamente à realidade, à ordem das coisas e dos efeitos devidamente verificados, metrificados.
É na modernidade que se deve estabelecer de modo definitivo o reino da ciência 'positiva', não somente no domínio das ciências físicas, mas também no da vida social, ou seja, é necessário que o espírito positivista, ao lado das ciências matemáticas, biológicas e físicas, funde também a ciência social, a Sociologia. Quanto à realidade que se situa para além dos fatos observáveis, essa escapa ao homem inteiramente, e nesse setor, o positivista deve declarar-se agnóstico, isto é, incompetente para afirmar ou negar.
O positivismo disseminou-se em todos os meios. Hippolyte Taine (1828-1893), eminente representante desta escola, aplicou-o em psicologia, na crítica literária e na história política. Emile Durkheim (1857-1917) fundou um escola sociológica impregnada com a mesma corrente de ideias.
Paulo Barbosa.
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