GIORDANO BRUNO (1548-1600) foi o defensor da filosofia do infinito, que proclamava ser o universo sem limites e sem nenhuma referência absoluta. O universo é um sistema orgânico de vários mundos, impulsionados ou movidos por uma força universal divina. A Natureza nada mais é que a unidade divina explicitada, explicada, dividida em Natura naturans (Deus) e Natura naturata (Criaturas). Matéria e forma não podem existir separadamente. Os mundos ou o mundo que vivemos são compostos de uma alma - a Alma do mundo -, que é o princípio ativo, e de matéria, que é o princípio passivo, e como dito acima, são elementos inseparáveis por serem duas potências de um único princípio. Esta concepção é a coincidentia oppositorum, já encontrada em Herácilo e Nicolau de Cusa. O princípio do mundo, entretanto, não está fora dele, não o transcende, mas é uma força que está inserida nele, é Deus 'misturado nas coisas', é a Mente, a Alma do mundo, que ordena e unifica as próprias coisas.
Paulo Barbosa.
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