domingo, 5 de julho de 2009

ANÁLISE E SÍNTESE: NECESSÁRIAS PARA A CIÊNCIA VERDADEIRA

Análise e síntese são dois métodos racionais inseparáveis no conhecimento humano, necessários para que haja verdadeira ciência, correspondendo a análise à indução e a síntese à dedução. Tais métodos são de suma importância, visto ser nosso espírito débil e sujeito à confusão, perturbando-se facilmente em meio ao emaranhado de idéias assaz complexas e, por isso, necessitando de métodos para a divisão do objeto em questão estudado e sua recomposição logo em seguida.
A análise é a decomposição de um todo em suas partes, sejam elas físicas ou lógicas. Algumas coisas podemos decompor em suas partes reais; todas, no entanto, podem ser analisadas mentalmente.
É por meio da análise que o espírito humano conhece melhor um objeto, pois sem analisar, decompor,distribuir um todo em suas partes, todo conhecimento seria confuso e superficial, sendo os objetos complexos e por esse motivo obstando a ciência que dele podemos ter.
A inteligência humana no meio de uma multidão de idéias, de seres e de fatos, se tornaria impotente para distinguir as relações de causalidade se não procedesse por partes, analisando cada dificuldade por si mesma, a fim de chegar à solução geral do problema.
A síntese, por outro lado, é a composição de um todo por meio dos seus elementos, sendo, todavia, o complemento da análise.
A ciência que temos de uma coisa não se resume no conhecimento detalhado de suas partes, mas só depois de reunidas pela síntese é que possuímos sua idéia verdadeira.
Análise e síntese sucedem-se, são necessárias uma à outra, são a condição do conhecimento total. Quanto ao valor de ambas, a síntese supõe a análise e a síntese vale o que vale a análise que a precedeu. Qualquer síntese não precedida de análise é pura ficção, mas também qualquer análise que não aspire a uma síntese, é um conhecimento vial, que continua em caminho, incompleto.
Concluindo, síntese sem análise não passa de ciência falsa e imaginária; análise sem síntese, ciência incompleta, porém, mais vale uma ciência incompleta do que uma falsa ciência, mas, nem uma nem outra é a verdadeira ciência.
Paulo Barbosa.

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