terça-feira, 10 de agosto de 2010

PÓS-MODERNIDADE: RENASCIMENTO INTELECTUAL OU DECADÊNCIA RETRÓGRADA?

Jean-François Lyotard (1924-1998), pensador francês - que se pretendia filósofo - em sua obra La Condition Postmoderne, define a pós-modernidade como a incredulidade ou o fim da crença naquilo que se denomina metanarrativas, ou seja, narrativas que visam explicar outras narrativas, como os sistemas filósóficos ou os discursos últimos que sustentam discursos menos fundamentais. Em síntese, pós-modernidade é sinônimo de ceticismo, de desconstrução, de niilismo ou ausência de valoresde crítica a toda tradição do pensamento ocidental, que não passaria de metáforas devido à inestabilidade dos conceitos usados para exprimir a realidade.
Além da desconstrução ou rejeição dos princípios e concepções da civilização ocidental, há duas outras características deste período que são a inserção em filosofia de temas menores tais como a sexualidade, a linguagem, o cotidiano, a poesia, ou seja, os valores supremos são substituídos pela banalidade do dia a dia, e a atração e justificação, e mesmo colaboração, com as ideologias totalitárias e inumanas.
O pensador típico da pós-modernidade é Jacques Derridá (1930-2004), notabilizado nos anos 60 pela sua teoria da desconstrução do Logocentrismo, ou seja, teoria da rejeição do conjunto de conceitos lógicos, verdadeiros e coerentes formados pela cultura ocidental cristã.
Além de Derridá, outros pensadores pós-modernos, e enquanto tais admiradores e colaboradores de ideologias totalitárias, são Nietzsche (1844-1900), criador do super-homem que serviu de base filosófica para o nazismo; Wittgeinstein (1889-1951), admirador do regime soviético; Heidegger (1889-1976), filiado ao partido nazista; Foucault (1926-1984), simpatizante da tirania teocrática iraniana; Sartre (1905-1980), estalinista convicto; Merleau-Ponty, Baudrillard, Deleuze, Rorty, Vattimo, todos adeptos da esquerda relativista e cética, desprezadora dos valores autênticos da cultura e da civilização, da tradição, da família e da propriedade.
Pelo visto conclui-se que o auge da modernidade, ou mesmo a sua superação, não passa de retrocesso, de retorno a todas as teorias ilógicas infundadas, como o ceticismo e o irracionalismo, já satisfatóriamente refutadas e destruídas no passado por inteligências vigorosas e lúcidas de um Aristóteles, de um Tomás de Aquino e de muitos outros renomados filósofos.
Paulo Barbosa.

2 comentários:

Antonio Sávio disse...

Nossa, parabéns pelo blog. Notável seu conteúdo.

Dante Ignacchitti disse...

O Prof. Paulo Barbosa, se fosse personagem de contos de fadas, seria aquele garoto que, tendo pedido ao pai que o pusesse nos ombros, para que pudesse ver o desfile da comitiva real, exclamou, para toda a multidão ouvir: - "O Rei está nu!!! Simplesmente magistral o texto. Sobre o autor, pode-se dizer, de modo taxativo e concludente: falou pouco e falou tudo.É um desnudador de mistificações. Anotem isso: O Prof. Paulo Barbosa terá uma trajetória ascendente meteórica. Absorvamos o que for possível, enquanto ele está entre nós, aqui abaixo do Equador.