sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ANTI-INTELECTUALISMO: UMA DAS CAUSAS DA MEDIOCRIZAÇÃO MODERNA

Em muitos ambientes de educação, em muitas escolas públicas, em várias faculdades, lugares, portanto, que deviam ser promotores da inteligência humana, lugares apropriados a ensinar ao homem o uso de sua ferramenta principal, a razão humana, em nossos dias, verifica-se uma tendência anti-intelectualista, ou seja, certa rejeição ao exercício da razão para a aquisição do conhecimento. Tal tendência ou orientação tem como característica principal a estima pelos métodos audio-visuais, isto é, pelos filmes, imagens, projeções, que muitas vezes são levadas a tais níveis que provoca no estudante preguiça intelectual, preguiça de raciocinar, exercitando a inteligência apenas e tão somente na medida em que se torna necessária para resolver problemas práticos ou técnicos, com um objetivo sempre utilitarista.
Não é à toa que se diz que o homem moderno se cansa, com muita facilidade, de raciocinar, de pensar. A mídia em geral lhe fornecem o saber pronto, o que lhe exime da necessidade de refletir, de considerar princípios perenes. 
O produto desta tendência anti-intelectualista generalizada, seu efeito mais imediato, é este homem que nos cerca em todos os ambientes sociais, portador de conhecimentos superficiais, imbecilizado, medíocre, sujeito às mais contraditórias propagandas, desabilitado a ocupar seu lugar na sociedade, mas que muitas vezes ocupa devido a seus superiores padecerem da mesma mediocridade.
Depreende-se de tudo isto o quanto é imprescindível a inteligência, o exercício intelectual, e como o anti-intelectualismo é nocivo, imbecilizador, mediocrizador.
Paulo Barbosa. 

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