segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A ALEGORIA DA CAVERNA EM POUCAS PALAVRAS



A Caverna de Platão
Platão, no livro VII de A República, deixou para a humanidade um esplêndido tratado de como educar o homem, de como a inteligência humana deve ir gradativamente adquirindo a verdade. É a tão divulgada Alegoria da Caverna, que muitos repetem, mas não entedem, e nem mesmo sabem que se trata de uma gnosiologia.
O que Platão metaforicamente ensinou ali é que a caverna é o nosso mundo visível, a ladeira abrupta é a necessária escalada que todo homem deve realizar com a inteligência, a vontade e a sensibildade em direção ao mundo das Realidades Invisíveis. O Sol que do alto brilha é a Idéia Suprema, é o Bem. Não é possível ao homem, desde o ínício, suportar a luminosidade rutilante do astro, e por isso, é necessário que, na caverna, receba uma educação metódica e gradativa, por meio das sombras. Quando aos poucos a verdade for penetrando no entendimento e o bem na vontade, então chega o momento de se reconhecer que nosso mundo visível é apenas um pano de teatro sobre o qual se projetam as sombras da realidade. Mas a realidade mesma é do outro mundo, no qual fulge, brilha, como um sol, a ideia do Verdadeiro, do Bem e do Belo. Aqueles que uma vez fitaram os olhos nesta luz, jamais poderão se esquecer do que viram. O vulgo, o homem medíocre, no entanto, os tomará por loucos, pois trazem nas pupilas foscas o deslumbramento das visões.
Paulo Barbosa.

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