As poesias didáticas e épicas tiveram ainda, na Era de Augusto, seus cultores. A didática, claro, é de menor vulto, nunca podendo ser comparada à de um Lucrécio, Virgílio ou Horácio.
DIDÁTICOS
Dentre os contemporâneos de Ovídio, cultivaram o gênero didático:
CLAUDIO GERMÂNICO CESAR
GERMÂNICO CÉSAR (15 a.C.-19 d.C.), filho de Druso e adotivo de Tibério. Traduziu os Fenômenos e os Prognósticos de Arato.
GRÁTIO
GRÁTIO, autor de um CYNEGETICON ou TRATADO SOBRE A CAÇA, do qual possuímos hoje em dia 541 versos mais corretos que de interesse literário.
MANÍLIO
MANÍLIO, compositor do poema ASTRONOMICA, em cinco livros, onde trata sobre astronomia, e principalmente astrologia. Compôs sob o reinado de Augusto ou de Tibério. Sua visão do Universo é a de um todo, provavelmente tributária da filosofia estóica, onde o homem representa apenas uma pequena partícula.
ÉPICOS
Destacaram-se apenas dois nomes na Épica:
LÚCIO VÁRIO RUFO
VÁRIO, amigo de Virgílio e Horácio, que admiravam sua poesia e o consideravam o mais destacado poeta épico dentre todos da época. Fez parte do círculo de Mecenas, e de todos os partícipes, foi o que mais se destacou. Além de outras obras, compôs uma tragédia, THYESTES, sobre a história de Tiestes, representada em 29 a.C. Hoje em dia só existem poucos fragmentos de suas obras, tendo-se perdido todas.
CORNÉLIO SEVERO
SEVERO, poeta que pertenceu ao círculo de Messala, um político e protetor das artes que fundou uma elite literária em Roma. Viveu sob o Imperador Augusto, e morreu muito jovem. Quintiliano deixou-nos que Severo mais era versificador que poeta. Dele restam vinte e cinco versos sobre a morte de Marco Túlio Cícero, conservados pelo rétor Sêneca.
Paulo Barbosa.
Um comentário:
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