quinta-feira, 5 de maio de 2011

LITERATURA LATINA (LXVIII): PERÍODO PÓS-CLÁSSICO - A HISTORIOGRAFIA [7ª PARTE]

A HISTORIOGRAFIA

PÚBLIO ÂNIO FLORO

Batalha Romana
FLORO, do qual nada sabemos acerca da época em que viveu, deixou-nos uma obra chamada EPITOMA ou BELLUM ROMANORUM LIBRI DUO, que é considerado o melhor espécime da 'história sobre batalhas'. Quase todos os capítulos começam pela palavra bellum, guerra. O autor pretendia mostrar sobretudo o engrandecimento progressivo do Império Romano e bem pouca atenção deu à política interna. 

A Floro, durante um bom tempo e sem fundamento sólido, foi atribuído a obra PERVIGILIUM VENERIS, poema de uma graciosidade quase catuliana, cheio de artifícios retóricos, que celebram, com desenvoltura voluptuosa e certas pinceladas de melancolia, as alegrias da primavera e do amor.

ESTILO

O estilo de Floro é muito oratório e nem sempre está isento do pecado da declamação.

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ADENDO

Na mesma época, outros dois Públio Ânio Floro existiram, a saber:

I. ÂNIO FLORO, certo poeta que bons críticos dizem que foi o compilador da obra Epitoma. É conhecido pelo seguinte 'desafio' que lançou ao Imperador Adriano (76-138 d.C.), um dos bons governantes de Roma:


Ego nolo Caesar esse,

ambulare per Britannos

scythicas pati pruinas.

Ao que reponde Adriano:

Ego nolo Florus esse,

ambulare per tabernas,

latitare per popinas,

culices pati rotundos.


II. ÂNIO FLORO, foi um rétor que escreveu um estudo onde indaga se Virgílio deve ser considerado orador ou poeta.

Alguns identificam as três personagens e nenhuma objeção forte, até nossos dias, se opôs a esta atitude.
Paulo Barbosa.

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