A HISTORIOGRAFIA
CAIO PLÍNIO CECÍLIO SEGUNDO
PLÍNIO, O MOÇO (61-112 d.C.), nascido em Como. Ainda muito criança perdeu o pai e foi adotado pelo tio, Plínio, o Velho. Foi aluno nas aulas de Quintiliano e apenas com dezenove anos começou a advogar. Como orador, alcançou celebridade e teve brilhantes sucessos nas preleções públicas. Foi também questor, tribuno da plebe, pretor sob Domiciano (81-96), mas acima de tudo, homem de letras.
Casou-se três vezes e sua última esposa, Calpúrnia, procurava sempre junto aos escravos informar-se dos aplausos que os seus discursos provocavam.
Plínio possuía uma enorme riqueza. Era proprietário de belíssimas casas de campo e embora as tenha descrito carinhosa e amavelmente, o que mais nelas apreciava era o repouso e a tranquilidade que lhe proporcionavam. Lá, via-se livres dos negócios absorventes de Roma e podia dedicar-se aos trabalhos prediletos e caçar, seguindo o seguinte processo curioso que nos legou: encaminhava-se para perto de uma armadilha e punha-se a escrever tranquilamente nas tabuinhas, esperando que o javali se deixasse prender nas malhas da rede.
OBRAS
Compôs muitos poemas e discursos e destes nos restam os seguintes :
Cartas de Plínio |
2. CARTAS, em dez livros formando duas coletâneas:
a) LIVROS I-IX, que são 247 cartas de Plínio aos amigos, cheias de curiosos pormenores sobre a vida do autor em Roma ou no campo; as preleções públicas; os literatos; a leitura e toda a sociedade da época.
b) LIVRO X, contém 122 cartas que são correspondências com Trajano. A maioria delas foram escritas quando ainda Plínio administrava a Bitínia. Nelas, consulta ao Imperador sobre que decisões deve tomar, recebendo deste respostas breves e precisas. É um dos principais documentos sobre o governo romano das províncias do Império. Durante muito tempo foi contestada a autenticidade de duas cartas que tratam das perseguições aos cristãos, mas hoje, entretanto, é geralmente reconhecida.
CARACTERÍSTICAS
Sem ser escritor de gênio, Plínio foi um bom literato, cheio de engenho, de facécia e graça. Imita Cícero, porém não conseguiu igualar-se a ele. O que falta em suas correspondências é a espontaneidade, pois percebe-se que o autor deseja agradar a todo preço, custe o que custar.
Paulo Barbosa.
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