JOSÉ DE MAISTRE (1753-1821) foi um tradicionalista, ou seja, professou a doutrina filosófica que ensina ser necessária ao homem uma revelação primitiva para conhecer não somente as verdades sobrenaturais, mas também as de ordem filosóficas, metafísicas e morais. Nasceu na Sabóia, foi conde e embaixador do rei sardenho. Faleceu em Turim. Dentre várias obras de sua lavra, escreveu Du Pape e Les soirèes de Saint-Pétersbourg. Foi maçon e político, ostentando certo jacobinismo, porém se contrapondo à revolução francesa.
O fator dominante do pensamento maistreano é a ideia da Providência Divina. Segundo De Maistre, a História nada mais é que a caminhada, a marcha da vontade de Deus através dos séculos.
Em gnosiologia, ou seja, em teoria do conhecimento, professa o saboiano que a fé é a base do saber humano e não a razão. Afirma, então, a incapacidade natural da inteligência humana de acessar a verdade, de conhecê-la, sem o auxílio divino. A razão humana é pervertora das instituições e das leis sociais, segundo seu parecer. No fundo, a verdadeira ciência, é a contemplação do mistério no seio de Deus.
Paulo Barbosa.
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