Quatro são as virtudes cardeais - prudência, justiça, fortaleça e temperança. Destas, veremos hoje o que é a prudência.
Define-se a prudência como aquela virtude que confere ao homem a reta noção daquilo que se deve praticar. Em latim, é a recta ratio factibilium. É uma virtude que informa ou aperfeiçoa a razão prática, ordenando-a à direção certeira da conduta, e é nisto que se diferencia das virtudes morais, pois estas têm por sujeito imediato a vontade ou o apetite sensitivo, como também das virtudes dianoéticas, aquelas que aperfeiçoam a razão especulativa.
O objeto próprio da prudência é o agir humano, o agibile, e nisto também se diferencia da arte, que tem por objeto as coisas produzidas, o factibile.
Entendida, então, desta maneira, a prudência, por ter como precípuo fim tornar boa a vontade, é essencialmente uma virtude da razão, mediante a qual o homem conhece o que é preciso fazer ou evitar, e implica, simultaneamente, o conhecimento dos princípios gerais da moralidade e o das contingências particulares da ação.
Alguns atos próprios da prudência são a deliberação ou o conselho, o juízo prático e a decisão, ou seja, o homem prudente delibera, julga e decide agir.
Em outro artigo, futuramente, trataremos de modo mais detalhado sobre a diferença que existe entre a prudência e a arte.
Paulo Barbosa.
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